Salve Nossa Senhora da Conceição Aparecida
Por mais que estejamos nos reunindo como as antigas comunidade (Risos), mas estamos com toda força e vapor para a evangelização e nossa alegria é que mesmo em meio as tribulações e perseguições, acreditamos mais ainda que o caminho que seguimos (um caminho de Cruz) é inspiração do Alto, para nossa esperança e continuidade à Ordem de Deus! E como todo sábado estamos destacando Nsª Mãe de Deus a ser venerada com mais insistência e nos vincularmos mais ainda a essa filiação, hoje mais uma vez estaremos juntos a Ela e contemplaremos sua existência na Palavra!
A tradição popular consagrou o mês de maio à virgem Maria. Diversos motivos perimiam o inconsciente coletivo das pessoas para justificar esse fato. As argumentações vão das noivas às mães perpassando pela tradição das rosas no mês de maio. Enfim, a figura de Maria permeia o horizonte da vida de muitos cristãos e cristãs.
Esse dado popular e estritamente necessário para alentar a fé de muitas de nossas comunidades precisa, cada vez mais, ser direcionado para compreensão do papel de Maria, mãe de Deus e nossa, no plano da Salvação.
O Concilio Vaticano II, em sua Constituição dogmática Lumem Gentim, no capítulo VIII, exorta aos “pregadores a através do estudo da Sagrada escritura, dos Santos padres e doutores e das liturgia da Igreja a ilustrarem os privilégio a Bem-aventurada virgem Maria que sempre levam a cristo[...]” 1 Sendo assim, a presente pesquisa visa “ilustrar os privilégios” da Virgem Maria pontuando sua presença no Novo Testamento, buscando mostrá-la como discipula a grande discípula de Cristo.
Para fins metodológicos, este trabalho está divido segundo a ordem cronológica dos escritos do Novo Testamento. Por esse motivo será pontuado a presença de Maria nos textos de Paulo. Em seguida nos Evangelhos iniciando por Marcos, depois Mateus, Lucas(Atos dos Apóstolos ) e João(apocalipse). Será uma leitura simples que buscará apontar onde encontramos referências bíblicas á virgem de Nazaré e postular uma interpretação no âmbito do discipulado.
MARIA NO NOVO TESTAMENTO
O Novo testamento, composto por 27 livros, é pródigo em alusões a Maria. Desde Paulo, perpassando pelos evangelistas até o apocalipse encontramos, direta ou indiretamente, alusões a figura Mariana. Embora alguns, como Paulo, não a citem efetivamente, seus textos possuem evidências, vestígios de Maria.
Para apresentar Maria no universo bíblico, faz-se necessário, como fez A. Serra estabelecer uma ordem para as abordagens. Seguir-se a já estabelecida e definida cronologia dos escritos sagrados. Sabendo que alguns textos paulinos (Gl, 49 53.dc) foram escritos antes dos Evangelhos(Marcos 64 Mateus; 70-80; Lucas e Atos, 70 João, 90-100 ), estes por sua vez antes do apocalipse(Apocalipse 100-110), gostaria de abordar a figura de Maria em cada um desses textos seguindo essa ordem cronológica, que como diz A. Serra, nos “permite “ver de que modo e conforme que progresso os autores inspirados tomaram consciência da pessoa e do papel de Maria no arco de toda salvação, antes em suas prefigurações veterotestamentárias, depois em sua missão materna em relação cristo e à Igreja”.
Desse modo, portanto iniciemos conhecendo Maria no Corpus Paulinum. Em seguida veremos Maria no Evangelho de Marcos, Mateus, Lucas (Atos ) João e, por fim, Apocalipse.
2.1. MARIA NOS ESCRITOS PAULINOS
Antes de começarmos essa epopéia(muito restrita!) pelos escritos de São Paulo, faz-se necessário conhecer quais escritos são realmente de Paulo, quais são atribuídos a ele e quais não são deles. Seguindo o raciocínio do Professor, Dr. Con Celso Pedro, as cartas que podemos dizer seguramente que foram escritas por Paulo são: “a Carta aos Romanos, as duas aos Coríntios, a Carta aos Gálatas, a Carta aos Filipenses, a Primeira aos Tessalonicenses e a Carta a Filemon. Temos, portanto, sete cartas que seguramente são Paulinas. Há outras que podem ser paulinas: a Segunda aos Tessalossences e a Carta aos Colossenses.. As outras certamente não são paulinas: a primeira a Timóteo, a carta a Tito, aos Efésios e aos Hebreus”.
Nos textos do apóstolos do gentios uma carta em especial deve chamar atenção, por causa da menção, embora que indireta, do autor a Maria. Trata-se da Carta ao gálatas. Ela é um verdadeiro tratado sobre a liberdade Cristã(5,1). Escrita por Paulo para desautorizar a pratica judaizante de muitos Cristãos vindos de Antioquia que queriam judaizar(Gl 4,21) a comunidade galácia.
Paulo não cita diretamente a nome de Maria. No capítulo 4, 4 referindo-se ao nascimento de cristo ele cita: “ ...quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho, nascido de uma mulher e sob a lei ...” Este versículo aponta Maria como aquela que contribuiu diretamente para o processo da salvação, exercendo o múnus Materno através do qual Jesus alocou-se no seio da humanidade.
É evidente, que neste texto a alusão a Maria - mesmo que indireta – não é o centro da argumentação paulina. Antes, ele diz isso para falar da Salvação que vem por Cristo e não pela lei. Por outro lado, apresenta, mesmo que em germe, Maria como mãe de Deus, aquela que colaborou para o cumprimento da promessa a Israel e livrou o povo do Julgo da lei.
-----Pax et Bonnum-----
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