Salve Nossa Senhora da Conceição Aparecida
Ontem numa reunião de reativação social na Paróquia que resido, ao colocar minha intervenção de um determinado assunto, fui indagado sobre um assunto totalmente paradoxo do que estava em pauta, logo imaginem como é a carência de muitos (as) do querer ‘saber’.
E me me perguntaram: “O que ser Filosofia?” Ora parti do mais puro conceito filosofico do termo ‘FILOSOFIA’, mas como estava tarde e como é de um costume favorável a nós filosofos de gostar além de um bom vinho, de uma boa leitura é sem dúvida o de falar muito também, busquei, levar o conceito a ser explicado a questão em discursão.
Comecei dizendo que
A palavra Filosofia deriva do grego Philosofiae é resultado da junção de 2 palavras: Philo que por sua vez deriva de Philia que significa amizade, amor fraterno, e “Sophia” que quer dizer sabedoria.
Lembrei-me então de uma mulher maravilhosa que é a Marilena Chauí (filosofa) que tive o prazer de conhecê-la pessoalmente no Theatro José de Alencar numa palestra sobre: ‘Paixão, ação e Espinosa e a liberdade, e tive também em mãos o livro que ela escrevera ‘Convite à Filosofia’, que ela conceitua como a “A arte do bem viver”. Ou, como escutei muito do saudoso Lauro Mota: A Filosofia é a procura amorosa da verdade pela verdade, não sei se o conceito era dele ou ele parafraseava de outrem.
Mesmo que seja uma ciência antiga, anterior ao nascimento de NSJC e cuja subsídio em todos os campos das ciências humanas e exatas é imensurável, o que percebemos hoje, em pleno século XXI é uma visível marginalização de sua importância.
De acordo com a história, sua deterioração deu-se inicio no século XVII, outros pensantes como Galileu, Kepler, Descartes, Bacon, Newton entre outros anunciaram suas descobertas embasadas em fundamentações estritamente empíricas.
A partir desse período, a Ciência e a Filosofia que estavam atreladas, começam a caminhar em direções contrárias. Isso porque, é a RAZÃO a principal ferramenta da filosofia, que se fundamenta na contemplação, indagação e no esforço do raciocínio para atingir a virtude.
Penso que, com o advento do capitalismo veio à necessidade constante de atribuir uma utilidade a tudo e a todos. Aos poucos pensar, analisar e indagar tornou-se tarefa árdua.
A surpresa que temos é que a oscilação de rotação da Terra está em uma velocidade acelerada; o tempo ficou escasso para tantas atividades diárias e os nossos sentimentos e emoções viraram produtos de e ainda dizem: “Nossa já é final de ano”, ou outro absurdo de uma má percepção, quando dizem: “Menina (o) foi ontem dezembro”. Isso me dói o raciocínio (...)
A elocução “ter” lidera a lista de adiantamentos e talvez por esse motivo, as ciências mais estudadas nas universidades são aquelas capazes de trazer o melhor retorno financeiro.
Por conta disso, quantos estudantes não tiveram que sufocar sua verdadeira vocação e/ou o desejo de sua alma? Em nossa cultura acostumamos a considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver uma finalidade prática muito visível e com resultados imediatos.
A Filosofia descobre e questiona tudo o que nos é imposto pelo costume, seja por convenção, seja pelo senso comum.
Para a Filosofia o que mais importa são as perguntas, a indagação, ela começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber. Daí a máxima do patrono da filosofia, o filósofo grego Sócrates: “Sei que nada sei.”
Com humildade, nos tira da menoridade intelectual e nos oferece novas idéias, que amadurecidas se tornam novas possibilidades, novas realidades. Está disponível para todos embora poucos a usufruam.
Filosofar não é sinônimo de alienação, muito pelo contrário. É examinar a realidade, e isso, de um modo ou de outro, só se gozará da liberdade plena quando exercitarmos o primeiro ‘Dom’ que nos foi atribuído para nos distinguirmos dos outros animais, ou seja, a Inteligência para saltar o Pensar.
Seja você também filosofo!
-----Pax et Bonum-----
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