Na constituição da Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II, Sacrosantum Concilium, está escrito que as obras de arte sacra "tendem, por natureza, a exprimir de algum modo, nas obras saídas das mãos do homem, a infinita beleza de Deus, e estarão mais orientadas para o louvor e glória de Deus se não tiverem outro fim senão o de conduzir piamente e o mais eficazmente possível, através das suas obras, o espírito do homem até Deus" (n.122).
As obras de arte religiosa e sagrada devem, portanto, expressar a beleza divina, a beleza infinita de Deus, com a qual têm uma relação natural, que é característica de sua natureza. Através das expressões da beleza, e como elas são orientadas à Beleza infinita, pode-se explicar o seu "único" fim de dirigir "religiosamente" as almas a Deus.
A beleza é caracterizada, segundo São Tomás, como "integritas sive proportio", isto é, pela certeza, na "debita proportio sive consonantia", ou pela harmonia proporcional, e como a "claritas", ou o esplendor corpóreo ou espiritual. Tudo isso se traduz em uma relação estreita entre beleza e ordem. Já Santo Agostinho afirmava que: "Não há nada ordenado que não seja belo: como diz o Apóstolo, toda ordem vem de Deus".
João Paulo II, em sua "Carta aos Artistas", escreveu: "Por isso, a beleza das coisas criadas não pode saciar, e suscita aquela arcana saudade de Deus que um enamorado do belo, como S. Agostinho soube interpretar com expressões incomparáveis: ‘Tarde vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde vos amei!'"(n.16).
Fonte Agência Zênite
.....Pax et Bonnum.....
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