Salve Nossa Senhora da Conceição Aparecida
Amanha, 4 de novembro os consagrados da Comunidade Hóstia Santa estarão em retiro de espiritualidade bebendo sobre a Profundidade do Sinal (Sacramental) que levam no peito, antes devam levar nas atitudes com coragem de anunciar Jesus das Dores Manifestado na Eucaristia.
Será um momento de convivência consigo mesmo, momento de liberdade para ouvir o Mestre na Palavra, nas formações, enfim, terão eles a oportunidade de rejuvenescerem a partir da alma.
HISTÓRICIDADE
Pela anteposição da articulação meramente humana, acontecia de fato a Moção Divina, na pessoa do saudoso Ir Revmº Sr Pe Gaetãn Minette de Tilesse (Pe Caetano) que numa celebração dominical no ano de 1999, que toda Igreja estava celebrando a Solene Festa a Cristo Rei do Universo, no momento de sua homilia diz esses termos: “(...) já é tempo, que surja um grupo de jovens, que mexa e re-mexa com o que está adormecido, que traga um novo ardor, alegria e que possa testemunhar Cristo Redentor e não ficarem simplesmente na Cruz, mas que ousem em levar A Sua Palavra a todos sem distinção” (Trecho da homilia Ir Pe Caetano, INJ, sobre os ‘Frutos da Ressurreição’ em oportuna Liturgia da Festa de Cristo Rei do Universo-1ª leit.: Ez 34,11-12.15-17 / Salmo: Sl 23 / 2ª leit.: 1Cor 15,20-26.28 / Evang.: Mt 25,31-46 ) .
Ora para quem teve a alegria de estar aos cuidados homilético (conjunto de explicações sobre o evangelho e/ou das leituras daquela celebração) do saudoso sacerdote, percebia claramente como ele consegui tomar da história e fazer um re-leitura para nossa atualidade com uma metodologia bem próxima ao entendimento de todos, foi aí que quando ia ele decorrendo sobre as leituras daquele domingo com Igreja lotada de fieis e domingueiros. Porém, é com humildade que relato que ficou algo muito forte e cravado em meu coração, daquelas leituras que iam se concatenando (se emendando) que posso livremente re-tomá-las e explicitar o que ficou exatamente me motivou depois de uns dias que eu ia percebendo que aquele mandato primeiro ia me tomando por inteiro, para que eu me robustecendo na fé e na ousadia para a concretização com coragem de dar ouvidos a essa missão: Missão Hóstia Santa.
O QUE FICOU DAS LEITURAS
1ª Leitura: (Ez 34, 16 Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito.)
Salmo: (23, 5 Preparais à minha frente uma mesa,/ bem à vista do inimigo,/ e com óleo vós ungis minha cabeça;/ o meu cálice transborda.)
2ª Leitura: (1Cor 15, 28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.)
Evangelho: (Mt 25, 34-40 Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’.
37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’
40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’)
Depois de meditar posteriormente as leituras, pois as mesmas iam a cada vez me inquietando mais ainda, e inexplicavelmente me impeliam a vontade retoma-las. Fui percebendo também que pessoas iam se aproximando de mim, pessoas me pediam conselhos, e orações, essas atribuições quando se está muito inserido na Igreja, só tinha um problema, eu não estava, de fato, mas por necessidade da perca de meu pai falecido um ano anterior, que eu ia buscando me fortalecer, só que as pessoas é que pediam de mim, portanto, algo maior ia me fazendo acolhê-las e vendo-as com muita simplicidade e como que responsável por elas, e ia percebendo que era as leituras se encarnando em mim, em minha fragilidade, em minha limitação, mas que me fazia perceber a importante presença de Deus no que era muito no nada e agora era o nada no muito que Era Deus me fazendo buscar dos sacramentos Palavra e Eucaristia, força para ser alimento para os demais.
E como essa dimensão ia tomando uma proporção extraordinária, me vi necessitado de conhecer mais Jesus, na história, e fui contemplado de dois grandes livros a meu vê responsável por meu retorno a Casa de Deus, foram eles “O Pobre de Nazaré” de Ignacio Larrañaga, ofertado por minha tia (materna) Irmã Noemi Araújo, fst, e um outro livro titulado como “Imitação de Cristo” de Tomas de Kempis (esse livro foi me dado providencialmente por uma mendiga anônima pra mim até hoje, mas intima de Jesus Cristo). Tenho por tanto esses dois livros, como as duas virtudes que me chegaram a porta e me pediam entrada, a COMPAIXÃO e o ACOLHIMENTO, noutro entendimento e não sendo outras virtudes, mas silhuetas das primeiras citadas, como a possível busca de semeadura em mim e um apelo a semear as pessoas dispersas no mundo inteiro, que chamo-as de A HUMILDADE na UNIDADE, que acertadamente me levou a contemplar a CRUZ e a O RESSUCITADO na EUCARISTIA.
INTENÇÃO
A partir do primeiro serviço que a Comunidade exerceu (e exerce) que é pelas artes cênicas de teatro, onde a primeira encenação em grupo foi uma peça titulada como ‘O Auto de Natal’ que nos chegou também com muita insistência e com uma durabilidade que perpassou as expectativas, pois foi rompido do mês próprio que é dezembro e fomos para os meados do me de fevereiro do ano de 2000 (ano que a paróquia Cristo Redentor aceitou-nos como colaboradores na evangelização local no que desrespeita a pára-liturgia: Festividade, pós-comunhão, Santo Evangelhos etc), mas o que de fato nos levou a abraçar a idéia de termos um sinal foi à primeira encenação, pelo ato das pesquisas nos deparamos com o carinho e zelo de São Francisco que pelas histórias foi o primeiro santo a buscar encenar de forma catequética o Nascimento do Menino Jesus com seus confrades e com algumas outras pessoas da localidade (na cidade italiana de Greccio, em 1223) a partir do texto evangélico de são Lucas. Daí então surge a curiosidade de conhecer um pouco mais sobre a vida desse santo, que acredita-se que tenha sido ele até hoje por seu testemunho radical a se voltar para o cristianismo, converteu muitos jovens para o retorno da casa do Pai. Mesmo não sendo ele um de nossos baluartes, mas ficou então Bernardino de Sena, o franciscano de pregação eloquente e propagador das iniciais I.H.S., que assim nos impelimos de sua vida e ousadia indo a uma determinada aldeia para a conversão de muitas pessoas desregradas! Portanto com essa trajetória optamos também pelo TAU não Franciscano, mas com a mesma intenção que os mesmo tiveram por seu pai seráfico que foi tocado pela passagem bíblica de Ez 9, 3-6, que vai narrar a questão de sinalar aquele povo para elegê-los povo do Senhor.
PRODUÇÃO
No ano 2010 o saudoso Ir Pe Carlos Alcântara, INJ, convidou-nos para conhecer um pouco de nossa realidade, projetos, estatutos etc, um pastoreio que ele fizera, para poder contar com as demais realidades e expressões de seu rebanho para assim, estarem em comunhão nas evangelizações que almejava e vislumbrava e na ocasião pedia pra que orássemos e assim, discerníssemos a possibilidade de testemunhar nosso batismo consagrando alguns dos nossos, pois a consagração numa comunidade é uma expressão concreta da intervenção de Deus em nossa vida de discipulado, uma aceitação, publica e radical, onde para nós deva ser uma oportunidade de nossos nomes quando chamados pelo sacerdote, nossa resposta “Eis-me aqui” e quando recebermos o sinal é uma forma que entendemos de sermos oferecidos como “hóstias vivas e agradáveis a Deus” (Rm 12, 1).
EXPLICAÇÃO DO SACRAMENTAL (SINAL DOS CONSAGRADOS DA COMUNIDADE HÓSTIA SANTA)
Mesmo com toda disposição anterior sobre a ocorrida vontade de nos identificarmos ‘eleitos’ não santos, mas separados para buscar de forma consagrada em nosso carisma e em nossa espiritualidade, penso ser ainda necessário explicar por pormenores o sinal propriamente dito, em cinco porquês bem concisos (resumidos) e direto:
PORQUE O TAU
Por lembrarmos que somos convidados a caminharmos em meio ao povo levando esperança (Ez 9,4 E disse-lhe o SENHOR: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.)
PORQUE VAZADO
Bom que se detalhe para que se diga que para nós esse ‘vazado’ É O Próprio Coração de Jesus, transpassado pela lança (Jo 19, 34) esse vazado no seduz a se encontrar Nesse Coração, se percebermos há dois TAU’s o externo e o interno. É justamente nisso que encontramos outro grande significado de nosso sinal. Somo impelidos a ter um coração igual ao d’Ele. Igual no jeito de tratar as pessoas, no amor pelas coisas do Pai e pelo Reino. E, acima de tudo, igual em Sua doação total, quando se entregou na cruz. Nós devamos nos identificar com esse Tau e nele, mas sendo oportunista santo convido você a também fazer conosco uma experiência e se permitir a ter e ser esse Sinal na sua vida para a Igreja, mesmo sendo jovens leigos e homens e mulheres casados ou não. Mas sobre isso falaremos outro dia.
PORQUE DE PRATA COMO MATERIAL
Há noutro trecho bíblico que vai falar sobre a provação do homem que é pelo cadinho da humilhação, sendo que o ouro e a prata no fogo, já nos assemelhamos como essa prata que é provada ao fogo, para aos poucos tornando a nossa verdadeira semelhança que É Nosso Artífice O Criador (Eclo 2, 5)
PORQUE AS DUAS MÁSCARAS QUE INDICAM O THEATRO
As duas máscaras representa toda nossa vivencia do carisma e de nossa espiritualidade, tendo nosso primeiro ousar através das artes cênicas do theatro, claro que ornamos o TAU (que dispensaria qualquer adorno), mas permitimos que as colocasse não só pelo theatro em si identificando o Drama e a Comédia, mas porque acreditamos que as máscaras, como o teatro, amplia conceitos, amplifica a vida, mostra algo além do que aparenta. Também acontece em nosso Sinal, pois ali está a alegria de levar mesmo às costas o que sofre, daí condensa todo trecho bíblico daquela festividade ao Cristo rei do Universo (Mt 25, 34-40) que nos revelou uma outra que se tornou para nós fundamento de toda nossa existência que é (Lc 24, 13-35) o epsódio daquele suposto casal que voltavam decepcionados pela morte de Jesus Cristo, e Esse se apresenta em meio a eles e os catequiza mostrando-Se (fazendo o primeiro kerigma) pela Palavra, passando por todos os profetas e quando houve a partilha do pão eles reconheceram Aqueles que os tomou pelo caminho, onde os abrasava os corações quando com autoridade falava das Escrituras e imediatamente foram e comunicaram aos que estava escondidos, com medo e sem mais perspectiva e lá quando chegaram aos onze outros com eles estava Nossa Senhora A Virgem Maria, da qual somos consagrados a Ela pelo titulo Imaculada Conceição Aparecida (Nsª Aparecida).
Espero ter colaborado e peço suas orações para não só com essa Comunidade, mas para todos os jovens e que nesse Annus Fidei (Ano da Fé) se cresça mais a convicção deles ao serviço missionário-pastoral na Igreja Católica Apostólica Romana, dispersa universalmente!
Jovens Anunciem Jesus Cristo Redentor Rei do Universo!
“O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor volva o seu rosto para ti e te de a paz!
O Senhor te abençoe!”
-----Pax et bonnum-----
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
"Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente".
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